Governo Federal, Governo do Estado do Rio de Janeiro, Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Rio de Janeiro, Poeira da História através da Lei Aldir Blanc, APRESENTAM:

Sinopse

1 / 5
Galeria
2 / 5
Galeria
3 / 5
Galeria
4 / 5
Galeria
5 / 5
Galeria
The Woods
Cinque Terre
Mountains and fjords
Northern Lights
Nature and sunrise

Num dia festivo na cidade de São Gonçalo, dois amigos se aventuram num evento que mobiliza os moradores há anos: O Festival de Pipa no Clube Mauá. Tudo parece perfeito, tirando o trânsito que congestiona o entorno da celebração. Porém, a frágil harmonia do município se dissipa na rapidez em que uma linha de cafifa é cortada pelo cerol. Um corpo surge no Clube Mauá, enquanto os dois jovens desaparecem de cena. A polícia é chamada para começar a investigação e descobrir o que se passou naquele dia de festa. Na história que se inicia com o incidente, os personagens vão desbravar a cidade procurando respostas, enquanto tropeçam na história de São Gonçalo.

Nas Palavras de...

O conhecimento que eu tinha de São Gonçalo – RJ, nunca ultrapassou o limite daquilo que eu via ainda menino, em uma cidade que sempre me pareceu confusa e grande demais. Talvez pela minha pequenez diante dos adultos, diante dos mais de um milhão de habitantes, talvez por minha falta de compreensão daquilo que para ser visto é preciso algum conhecimento anterior: a história.

Ainda garoto, do pátio da Escola Municipal Albertina Campos, lembro de admirar, ao longe, o Palacete de Mimi. Era nitidamente uma construção abandonada, mas aquela imponência, mesmo decadente, chamava a minha atenção na paisagem gonçalense.

Lembro que o Albertina, tinha uma escadaria que não dava pra lugar nenhum, era a antiga escadaria da fazenda dos Arcos, destruída para que a escola nova fosse construída. Nunca fui estimulado a olhar para a história da minha cidade como algo importante. São Gonçalo tem história? Me perguntava. Sabia que sim, mas desconhecia completamente.

Poeira da História: O dia em que o Moleque São Gonçalo tropeçou em sua História e se tornou o Rei das Bandas d’Além não é uma peça histórica. Não voltaremos ao período colonial em que viveu Gonçalo Gonçalves para narrar a fundação daquilo que hoje entendemos como São Gonçalo. Esta peça é sobre a história que está por aí, escondida, esperando que a gente olhe para ela, compreendendo o seu significado, o seu valor. Os personagens desta peça não são os históricos, com suas roupas de época. Eles, na verdade, poderiam ser você, eu, aquele colega do trabalho, o amigo inseparável das aventuras. Ícaro, Lucas, Dalva, Cleberson, Aléx, Matheus, Zizi, Julinha e tantos outros, são personagens de agora, talvez você até conheça uma Fabiane igualzinha a esposa do Ícaro.

Poeira da História reflete sobre os cenários que estão ao nosso redor, cobertos pela Poeira da História, mas a gente não reconhece porque não vemos além daquilo que os olhos podem alcançar. “Se podes olhar, vê. Se podes ver, repara.” Mas, como enxergar se mal sabemos o que está à nossa frente?

O que sabemos sobre a história que está ao nosso redor? Qual a importância de conhecer a história do seu lugar? Você conhece a história do seu bairro, da sua cidade? Compreender a história é também compreender o presente. É saber que somos partes de algo que vem muito antes de nós. É saber que somos também um pouco dessa poeira. É saber que somos sujeitos históricos. É valorizar o nosso pertencimento com aquilo que nos rodeia. É saber que existe uma São Gonçalo que vai muito além dos problemas sociais, sem esquecer que eles também fazem parte dessa história.

E, que história queremos contar? Que história queremos deixar para os que virão?

Somos um projeto interdisciplinar que articula as áreas de História, Teatro, Patrimônio Cultural, divulgação científica e história pública. Hoje falaremos de São Gonçalo, mas poderia ser a história de qualquer outra cidade, em qualquer outra parte do Brasil, com as suas especificidades. O que importa é estimular a valorização da história local sem desconsiderar as conexões com o macro.

O livro Cambada: Crônicas de Papa-Goiabas, de Erick Bernardes, é uma de nossas inspirações, além de textos acadêmicos que se debruçam sobre a cidade. A narrativa parte do presente para se conectar com o passado, através dos vestígios da história de São Gonçalo que fazem parte da paisagem da cidade. Algumas vezes a história surge como memórias que se apresentam em formato de história oral.

Agradecemos a contribuição fundamental de todos que colaboraram com este projeto enviando vídeo ou áudio, compartilhando com a gente um pouco das suas memórias, um pouco dessa história oral que nos atravessa cotidianamente.

Tenham um ótimo espetáculo!

Quando Max me convidou para dirigir o projeto Poeira da História achei que seria uma bela oportunidade. Seria a chance de mais uma vez experimentar possibilidades dessa nova modalidade: teatro online, teatro possível, webteatro ou tantos outros nomes que definem esse que se tornou praticamente a única alternativa para o agora chamado teatro presencial. Além disso, o projeto tinha um desafio a mais: misturar História e Teatro. Pronto. O sim foi imediato. 

Poeira da História conta os desdobramentos a partir de um acidente causado por uma pipa com cerol, mas o personagem principal é a cidade de São Gonçalo. O contraste entre uma São Gonçalo glamurosa do início do século passado e a muitas vezes desprestigiada São Gonçalo de agora, permeiam todas as ações dos personagens. A ideia de refletir em qual momento e por que a ponte entre essas duas São Gonçalos se rompeu foi norteador no nosso processo.

Max é o idealizador desse projeto e morador de São Gonçalo. Parabéns pela iniciativa de resgate de uma memória possivelmente perdida pelos papa-goiabas atuais.

Em tempo: papa-goiabas é como são chamados carinhosamente os nascidos em São Gonçalo.

Sempre adorei goiaba!

Quando o Max me convidou para esse projeto, de nome enorme, com cara de samba de enredo da Porto da Pedra, percebi que tínhamos algo além da amizade, para realizar o Poeira da História. Compreendi, que assim como o título, nós éramos dois moleques de São Gonçalo tropeçando na nossa relação com a cidade.

Iniciar a pesquisa e descobrir a História de São Gonçalo, com H maiúsculo, através de uma "Cambada" de crônicas escritas por Erick Bernardes, repleta de riqueza, beleza e importância para a construção do que chamamos de Brasil, nos traz um misto de orgulho e tristeza. Vislumbre de um passado glorioso não condizente com a realidade amarga de caos no século XXI.

Ser de São Gonçalo é enxergar a cidade, como aquele parente problemático, mas só pode falar mal quem é da família, quem não é, não ouse! Pois todos os desafios, comum às grandes cidades, e São Gonçalo é bem grande com aproximadamente um milhão e cem mil habitantes, faz com que a gente tenha uma maneira muito particular de encarar o dia a dia.

E como retratar essa relação através de um texto? De quem fala cafifa e não pipa? De quem vai na casa “de” e não “do/da”? De quem perde quase duas horas no trânsito todo dia até chegar nas “Bandas d’Além”?

Um passeio aos olhos de quem não conhece a geografia da cidade, com personagens gonçalenses que vão desbravando a história enquanto embarcam numa aventura é a proposta do texto. Com a direção de Carmen Frenzel e direção de fotografia de Renato de Paula, eles levam os espectadores a se sentirem mais próximos dessa cidade que foi fundada em 6 de Abril de 1579.

Ao longo desses 442 anos, o moleque “São Gonçalo” sai tropeçando em sua história e eu, como autêntico Gonçalense, vou fazendo parte dela.

"Essa cidade me atravessa... Ôooooo” — Caetano Veloso

Exibições

Exibições Acesse
Exibições Acesse

Equipe

Idealização Max Oliveira
Produção Poeira da História
Direção de Produção Max Oliveira
Texto Daniel Porto
Direção Carmen Frenzel
Direção de Fotografia Renato De Paula
Elenco Gaby Freitaz, Kailani Vinicio & Max Oliveira

Direção de Produção Max Oliveira
Produção executiva Thiago Prado
Design Gráfico Folha Verde Design
Operador de plataforma online Rhuan Santos
Social Media Yasmin Tonini
Consultoria Erick Bernardes
Desenvolvimento site Fernando Alvarez e Folha Verde Design
Edição de vídeo William Rodrigues
Captação de Imagens William Rodrigues

In memoriam de Maria de Lourdes Barboza Gomes Ferreira

Poeira da História

Acreditamos que estudar o passado vai além da tentativa compreensão daquilo que nos antecedeu. Olhamos para a história também como uma forma de entendermos a nós mesmos inseridos neste processo. História Pública, divulgação científica, espaços não formais de educação são alguns conceitos que estamos dispostos a trabalhar.

Desta forma, aulas abertas, na rua, em formato de passeios levando as discussões historiográficas de uma forma acessível para que todos compreendam a história como algo a ser interpretado a partir de determinados referenciais.

Parceria com escolas, consultoria para transcrição, catalogação e digitalização de arquivos institucionais ou pessoais. Além de uma consultoria especial para produções em teatro, cinema, televisão e carnaval.

@poeirahistoria