A história da formação do Brasil enquanto nação está diretamente ligada à história da escravidão, elemento base para nos entendermos enquanto sociedade escravocrata. O trabalho escravo durou três séculos, deixando marcas visíveis em nosso cotidiano, ecoando até os dias de hoje através do racismo.
O seu fim legal aconteceu em 13 de maio de 1888, em carta assinada pela Princesa Isabel e anunciada no Paço Imperial, na praça XV, Rio de Janeiro. A princesa ficou conhecida como a redentora, aquela que acabou com a escravidão. Não é de hoje que a historiografia problematiza a construção histórica desta visão. Mas, isso podemos deixar para outro momento. Eu prometo fazer uma texto apenas discutindo esta questão.
Vamos ao tópico central desta postagem que é a Pequena África, nome dado por Heitor dos Prazeres a região portuária do Rio de Janeiro, formada pelos bairros da Saúde, Gamboa e Santo Cristo. A localidade teve forte influência africana na segunda metade do século XIX até as primeiras décadas do século XX.
É importante levar em consideração a influência de negras e negros para esta região que até hoje está repleta de pontos relevantes para pensarmos a importância da contribuição africana para a cidade do Rio de Janeiro e para o Brasil. Portanto, é preciso valorizar as suas agências, suas ações e resistências. Além da produção cultural que realizaram através das rodas de samba, das mães baianas, das comidas, religião, etc.
São muitos os lugares de memória ainda presentes no cenário da Pequena África. E, até o final de novembro, vamos descobrir juntos um pouso mais sobre cada um desses lugares. Aguardem as próximas postagens!
Se você quiser saber mais, fique ligado em nossa página, pois esse texto é só o primeiro de uma série que publicaremos sobre a Pequena África. Em breve faremos também um passeio sobre a Pequena África e você pode participar acessando o link abaixo e garantindo a sua presença.
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